quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

CHAMADO

ANANAIRA, ANANAIRA, ANANAIRA
IRA, IRA, IRA, IRACEMA

Mostre sua ira, menina Iracema.

ANANAIRA, ANANAIRA, ANANAIRA
IRA, IRA, IRA, IRACE
CE, OCE, VOCÊ...

Cadê, você?

Onde está que não responde?
Onde está que se esconde?

Iracemaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Iracemaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Iracemauá.

Onde está que não responde?
Onde está que se esconde?
O canto encanta os cantos,
Guerreira, ouvi.

O sussurro ao movimento do vento,
Lento por dentro, palavras.
Mexem, remexem
Onde está que não responde?
Onde está que se esconde?

Ira irá ao som sem trema
Marca e desmarca a cena
Nos passos entre passos,
Canta o conto, palavras, entre laços.

Luar no olhar de açucena,
Abre os braços, flor de campo,
Estende as pernas para o corpo.
Poema, Ira em ema.

Iracema como Iracema
Mulher, Terra, brasileira.
Canta Ceará em Mauá
A maldição de sua beleza.

Márcia Plana
28/08/05

2 comentários:

Taba de Corumbê disse...

É isso ai mesmo, temos de dar as caras ao mundo.

Izzy disse...

Nossa! Muuito lindo...