Ventre da Terra, Luzia chora,
Estilhaçaram o olhar a olhar,
Implantam o belo na mata,
Desmatam a nascente flora.
Depósito do lixo urbano,
Numa curva de sete voltas
Gingado de dor e coragem
Deságua em noutras margens.
Lágrimas sagradas escorrem
No rio de muitas voltas, sacia
O ritmo a Mina ainda grávida
Sangra a linha das veias a vida.
O cordão que desenha o corpo
Do barro, o sopro: a Menina
Namora e deslumbra a bailar.
Tão Boneca de Porcelana!
Aquece, assim amadurece
Compromisso roda a aliança
Pedido na Pedra do amor
Salta água, terra e pão em festa.
Ciranda vestida de verde,
Bate o compasso ao vento chão,
Cadência o sustento da dança,
Vale e Pico, a valsa em volta.
Nós em nós um oito repeti,
Mapeia o baile em Atlas Atlântico,
Balança o espaço em aquarela,
Celebra o ensaio no curso as águas.
Ecoa, corre o som da torrente,
Gruta, reluta o passo refaz,
Mistura as cores na tela Pilar,
Que aqui do alto eu vejo Mauá.
Márcia Plana
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
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